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Joel Rocha

Crítica do filme "Coringa", por Joel Rocha

Teatros deslumbrantes sempre foram o forte do Coringa, e a performance de Joaquin Phoenix está envolvida com dramas cativantes.


O Coringa de Todd Phillips é uma das peças mais proibidas de design cinematográfico a se lembrar, especialmente nos últimos anos. Usando apresentações visualmente repulsivas para aproveitar a validade sobrenatural e atingir o público sobre uma infecção aterrorizante que vazou nas veias de todos os indivíduos ao redor do mundo. Este filme atrai públicos por todos os cantos mais terríveis da vida, antes de eventualmente abandoná-los, fingir que eles não existem e desistir deles como um mundo ficcional, mas inspirado, desistiria de um suposto ninguém como Arthur Fleck - um homem que lida com o peso potencial de vida das ansiedades psicológicas. É brutal porque precisa ser, e é irrestrito, porque deveria ter esse direito. Quero dizer, como ousa Hollywood tentar fazer um filme legitimamente atraente que é produzido para um público extremamente amplo, enquanto finalmente lida com assuntos sérios, como as terríveis consequências de evitar problemas de saúde mental! Direito?

Joaquin Phoenix como o Coringa no filme de Todd Phillips. Warner Bros.


Arthur Fleck (Joaquin Pheonix) rouba os holofotes e foge com ele. Phoenix oferece uma performance fascinante. Ele dança através de um roteiro astucioso com graça e o torna significativo até o diálogo mais mundano, mesmo que seja por um momento. O co-roteirista e diretor Todd Phillips mostra onde estão seus pontos fortes na tela, permitindo que o público se torne claustrofóbico com Arthur. Eles são pressionados ao lado dele e nunca são deixados em um canto. É impossível se afastar de sua psique devido ao quão pessoal o quadro se torna e a abrangência dos cabelos negros e oleosos de Fleck enquanto eles consomem a tela. O desgosto visceral, angústia e solidão que Arthur habita enquanto caminha pelas ruas de Gotham, são inebriantes.


A forma como o diretor lida com distúrbios do personagem me parece bem consciente dos efeitos do fracasso de uma individuação psicológica. Um homem que não consegue se tornar um homem (uma voz e atitudes iniciadas como uma criança). Um homem que apenas consegue tornar alguém através desses extremos (ele era como um adulto depois de começar a matar). E uma sociedade que glorifica isso como projeção de seus anseios contra os opressores.


Phillips possue influências notárias no diretor Martin Scorsese, e tenta equilibrar essas forças no filme, criando uma narrativa clara e direta a partir disso. Muito do sucesso de Scorsese vem desse jogo entre um protagonista ambíguo e uma história que acontece sem muitas radiações


Joaquin Phoenix como o Coringa no filme de Todd Phillips. Warner Bros.


No caso de Coringa, além dessa narrativa direta, o diretor traz uma violência explícita muito natural. Não é um filme que, simplesmente, quer mostrar como é explícito. Não faz um elemento de orgulho ou apenas apelativo. Ele trabalha bem com a ideia da violência (uma cena com um apartamento que não é o caso dessa relação) que nunca julga como suas ações, apenas evidenciando a falta de sentido dos seus fortes.


Melhor ainda, brinca com isso através da ambiguidade da comédia. O Coringa dando um susto no anão que tenta sair do apartamento é o mais extremo possível. A maneira como, de modo geral, ou o filme coloca esses limites é a melhor evidência dessa falta de sentidos de patologia que ele determina.


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