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Terceira edição do Curtaí.DOC encanta todos

  • Lívia Andrade e Matheus Cossatis
  • 19 de dez. de 2016
  • 4 min de leitura

Todos os alunos presentes focados nas palavras dos convidados que foram muito incentivadoras

A quarta-feira (14/12) fechou com chave de ouro com mais uma edição do Curtaí.DOC. O evento teve seu início às 16h, na Universidade Veiga de Almeida campus Cabo Frio, com a apresentação de curtas metragens. O Curtaí.DOC é um festival de documentários produzidos por estudantes de comunicação social durante o semestre na disciplina “Oficina de comunicação” sob a orientação dos professores Daniel Paes e Paula Guaraldo.

O projeto teve início no segundo semestre de 2015 com os professores Heloiza Reis e Gabriel Malinowski, responsáveis pela disciplina de “Laboratório de comunicação” e na época tinha como foco principal curta-metragens com roteiros baseados em contos do autor Lima Barreto. “Então eles tiveram toda a influência de roteiro, toda a interpretação e criaram esses curtas. Depois o Daniel transformou em uma versão documentário, então esse é o Curtaí.DOC. A gente tem a versão ficção e a não-ficção, eu acho que é uma evolução e uma oportunidade para os alunos trabalharem com esse tipo de segmento”, explica a professora, que em seguida elogiou os trabalhos feitos pelos estudantes, afirmando que cada um tem seu potencial e é difícil escolher um favorito entre eles.

O primeiro documentário apresentado foi o Amor Animal, nele os estudantes mostram a realidade dos animais abandonados, como são resgatados e o trabalho das ONGs. “Uma coisa que eu percebi muito, é que por não gravar em um estúdio ou algo do tipo, quando você entrevista pessoas diferentes em locais diferentes, a parte técnica se torna um pouco complicada, digamos assim, que foi a parte na qual foquei mais porque fiquei responsável pela direção de fotografia, edição e essas coisas. É a questão de interrupção do áudio, por exemplo, em um dos dias nós enfrentamos muita chuva, então se a gente não soubesse como encaixar isso no filme ou usar ao nosso favor, ia ficar diferente”, comenta Inaiara “Inah” Guimarães, uma das integrantes da equipe que realizaram esse trabalho, sobre as dificuldades técnicas em fazer um curta-metragem em ambientes externos.

Outro curta interessante foi o “Geekland”, no qual apresentou entrevistas com pessoas que entendem sobre rpg, quadrinhos e cosplay, inovando inclusive na edição do curta-metragem, inserindo elementos dos quadrinhos no projeto. O documentário “Por Trás das Cortinas” focou no incentivo as manifestações da identidade cultural, principalmente a do circo. Com personagens fortes, o curta explicou as dificuldades de se estabelecer em pequenas ou grandes cidades apenas fazendo arte.

O “MerdÁ” foi um dos documentários mais aclamados, embora todos tenham sido recebidos com muito carinho pelo público. O curta conta sobre a resistência dos artistas no Teatro Municipal de Cabo Frio, que foi abandonado pelo poder público há mais de um ano, então os ocupantes buscam impedir que mais um patrimônio seja fechado na cidade. O documentário “Caribe Brasileiro” aborda a vida das pessoas que trabalham com o turismo, retratando com imagens de tirar o fôlego, algumas feitas com drones tendo uma visão quase panorâmica de um dos mais belos cartões portais do estado do Rio de Janeiro, a história dos barqueiros de Arraial do Cabo.

Milton Alencar Jr., cineasta renomado, contando sobre suas experiências ao longo da carreira.

O “Cortejo das Lendas” trouxe um novo olhar sobre as histórias antigas, no qual as lendas de Arraial do Cabo são contados sob o olhar dos moradores, que nasceram e cresceram sob a sombra desses mitos. “Eu estava pensando sobre colocar uma coisa que seja interessante e que ao mesmo tempo não fique algo massante ou óbvio, porque eu via temas mais puxados pro teatro e coisas assim, então eu quis puxar para o outro lado, de uma coisa que não é divulgada e nem falada. Aí veio a ideia de falar sobre as lendas urbanas da região”, esclarece a aluna Brenda Ferreira sobre a origem do tema.

Professor Daniel Paes, que também contou um pouco de sua trajetória inicial no mundo cinematográfico

O professor Daniel Paes que estava responsável pelo evento pela segunda vez consecutiva ressalta o engajamento dos alunos, mesmo com o semestre corrido. “Foi muito interessante ter a presença do cineasta Milton. Alencar Jr. e o debate foi muito interessante também, porque ele partiu dos filmes para falar sobre cinema, o ambiente profissional do audiovisual aqui na região e o cinema brasileiro que é exatamente o que os alunos estão fazendo. Então fiquei muito satisfeito, contente e orgulhoso dos grupos, que mesmo em pouco tempo conseguiram realizar produtos envolventes e devem ter uma vida pós-desempenho acadêmico”, diz o professor empolgado com a oportunidade dos estudantes apresentarem os documentários mesmo após o evento ter sido encerrado.


A animação do professor vem do convite feito pelo cineasta Milton Alencar Jr., junto da fotógrafa Bruna Pozzebon e do jornalista Walmor Freitas, que afirmou durante o debate que os curtas apresentados serão muito bem-vindos na TV Cabo Frio, caso os alunos tenham interesse.


Milton deixou as portas de sua TV aberta para exibir os filmes produzidos pelos alunos.

Milton Alencar Jr. tem uma vasta experiência no ramo, tendo dirigido nove filmes e diversos documentários, ele também tem o maior acervo de imagens da cidade. Atualmente continua empenhado como cineasta, assim como é diretor da TV Cabo Frio.

Ao final de um debate animado, que teve algumas perguntas dos convidados aos alunos que trabalharam nos projetos, Bruna Pozzebon aconselha os estudantes a buscar referências. “Tudo o que eles (os alunos) fizeram não é novidade, hoje é o momento de maior facilidade de se produzir conteúdo desse tipo, então eu aconselharia fortemente a eles assistirem mais conteúdos de referência, por exemplo, esteticamente falando, eu gosto muito de Ingmar Bergman que é um cineasta referência do cinema no início das coisas, com baixo custo, numa época em que era super manual o trabalho do cineasta. Então, tem que jogar no desafio sempre, porque cada dia que a gente tem é um dia a menos e você desperdiça”, orienta a fotógrafa que foi apoiada pelos colegas palestrantes. Milton Alencar Jr. complementa afirmando que a experiência é muito importante e isso só se adquire na prática.

Walmor Freitas destaca que as obras de Ingmar Bergman são acessíveis, tendo muitas delas disponíveis no youtube. No quesito indicação de filmes do mesmo cineasta, Pozzebon recomenda “Cenas de um Casamento” (1973), enquanto Alencar Jr. indica “O Sétimo Selo” (1957). Freitas oferece uma outra opção, com o filme “O Baile” (1983) de Ettore Scola.

Momento em que convidados e alunos conversam sobre as dificuldades das produções cinematográficas exibidas

Por fim, a professora Heloiza Reis alimenta a possibilidade dos curtas serem exibidos nos outros campi da universidade na próxima edição da SECOM. Fazendo com que os estudantes tenham a oportunidade de assistir aos curtas produzidos em outras unidades da faculdade. Bem legal, não é mesmo? Agora é a sua vez de nos contar como foi sua experiência no Curtaí.DOC! Comente o que achou e compartilhe para seus amigos também conhecerem esse evento!


 
 
 

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