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Crítica do Álbum "Little Dark Age", por Brenda Ferreira

Brenda Ferreira

Após um longo período rumo ao exílio musical, eis que a banda norte-americana MGMT surgiu com uma obra que pode, finalmente, mudar a direção dos fatos. O novo álbum "Little Dark Age"


foi lançado em fevereiro de 2018, e é formado por dez faixas que conversam sobre dilemas modernos.


Dessa vez, em super contra mão aos dois últimos albuns, que praticamente colocaram a banda formada por Andrew VanWyngarden (vocal), Ben Goldwasser (teclado), Simon Doom (baixo), James Richardson (guitarra), Will Berman (bateria) em suicídio social, criou canções dançantes e com senso de humor.


A boa e velha crítica continua, porém, menos blasé e mais anedótica. Bons exemplos encontram-se nas faixas “TSLAMP” que faz menção ao uso desenfreado de Smartphones, “She Works Out Too Much” que critica o “show da vida” estampado em redes sociais e em “One Thing Left To Try” que comenta sobre o desafio do amadurecimento, além das outras faixas com um q existencialista.


Essa faceta criteriosa é destacada pelo colunista Jon Dolan, à revista RollingStone. “Eles reproduzem isso com uma piscadela, fazendo com que o desapontamento irônico pareça uma maneira totalmente aceitável de evitar ficar louco".


Outro ponto surpreendente de Little Dark Age é a versão da música “Me and Michael”, de origem russa, cujo nome do grupo é desconhecido – mesmo através de muita pesquisa –, mas que ganhou uma face completamente excêntrica e gerou várias teorias sobre realidade e ilusão em uma amizade.


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Junto ao enredo “amigável”, a melodia possui uma entonação oitentista ao qual Philip Sherburn, da revista americana PitchFork, faz um link notável. ““Me and Michael" é uma apresentação perfeita de uma trilha sonora de John Hughes em meados dos anos 80, um modo que eles tocam também em "One Thing Left to Try", um hino festivo”.


A banda vem se reerguendo com ótimas críticas e uma grande turnê em curso. MGMT, hoje, tem um público denso, chegando a cinco milhões de ouvintes mensais, que através de seu som psicodélico podem imergir no lúdico enquanto a música não para.


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