A primeira mostra audiovisual da disciplina Laboratório de Comunicação dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UVA acontecerá nesta sexta feira (04) no auditório principal. O Evento chamado de Curta aí, este ano sob a supervisão dos professores Gabriel Malinowski e Heloiza Reis, tem como objetivo apresentar a produção audiovisual realizada na disciplina para a comunidade acadêmica e demais interessados no tema, como critério motivador para que os alunos produzam trabalhos com qualidade.
De acordo com a professora e idealizadora do evento Heloíza Reis, a iniciativa dessa mostra audiovisual procura estimular a cultura audiovisual e de eventos do gênero no campus Cabo Frio, além de capacitar e qualificar os alunos do curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda para a produção de curtas metragem e documentários, entre outras propostas que possam ser sugeridas, e ampliar a relação da UVA com eventos culturais. A professora acrescentou ainda que a ideia do projeto surgiu do desejo de querer editar um piloto de um festival de curtas. "Conversei com o professor Gabriel, e ele aceitou realizar este evento em parceria. A vontade, claro, é fazer com que este evento um dia se transforme em uma mostra universitária neste segmento. Mas ainda estamos no começo."
O homenageado dessa primeira edição é o autor Lima Barreto, importante escritor literário do inicio do século XX que escreveu contos, crônicas, ensaios, dentre outras obras literárias, sendo um de seus mais conhecidos romances “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. Com isso, os alunos fizeram curtas baseados em contos do autor. Confira a sinpose dos curtas participantes:
O ÚNICO ASSASSINATO DE NONATO
No ano de 1932 em um período marcado pela Revolução Constitucionalista, o nordestino Nonato leva uma vida pesarosa por não ter, no auge dos trinta anos, conseguido construir família ou grandes feitos. Com pouca vaidade, ele teme o passar do tempo. A vida solitária cercada de um cotidiano entediante e dias reprisados mostram que, cada vez mais, ele se prende a uma obsessão vazia. Sua única amiga, paga para fazer esse papel, é a cortesã Inês. Juntos no quarto de um prostíbulo e apáticos para o sexo, eles começam a conversar sobre as diversas facetas políticas e sobre a constante degradação do povo. Até que Nonato faz uma declaração que pode surpreender a mulher.
SENTIMENTO PROIBIDO
No carnaval do ano de 1949, Cecília (Duda Machado), uma jovem bonita e atraente, recebe a visita de Dr. Alberto (Paulo Motta), um homem bonito e bem sucedido que a admira. A trama se desenrola em dois cenários, no bar e na casa da personagem. O pai de Cecília, Leopoldo (Celso Guimarães), é um homem excêntrico, que nutre uma paixão pela filha e sua esposa Joana (Beatriz Ebecken), uma mulher elegante, paciente e que sabe a hora certa de falar. Todos os personagens estão imersos em uma realidade onde a sedução é a protagonista, ela é a essência da personagem principal, que muitas vezes a esconde, não por desconhecê-la, mas pelo simples fato de despertar em todos a sua volta uma percepção ambígua, sem saberem ao certo quem ela é. No decorrer da história nos deparamos com uma situação que irá dar uma reviravolta em toda a trama.
EPITÁFIO
Um copo de uísque em uma mesa de bar traça um paralelo entre um mulato letrado no início do século XX, uma mulher que anseia por independência na revolucionária década de 60 e um advogado homossexual no século XXI. Cada um deles é oprimido pelo preconceito da sociedade brasileira de seu tempo, levando a suas reflexões sobre aquilo que têm em vida e as vantagens que podem ser oferecidas pela morte.
O PRECO DA VERDADE
Tudo acontece em uma galeria de arte. Um artista renomado realiza a montagem de sua exposição. De forma interessante, suas obras começam a interagir construindo um dialogo entre realidade e fantasia, trazendo a tona traumas, preconceitos e segredos. Numa transição entre tempo e espaço, as entrelinhas desses diálogos podem surpreender.