top of page
Viviane Lopes

Segunda edição da mostra Curtaí traz documentários com o tema cultura das diferenças

Alunos da matéria Oficina de Comunicação do segundo período do curso de Comunicação Social organizaram a versão documentário da mostra Curtaí para o dia 29 de junho, às 18:00, no auditório principal da Universidade Veiga de Almeida, Campus Cabo Frio. O evento teve a sua primeira edição no início de dezembro do ano passado e contava com a exibição de quatro curtas. Dessa vez, a mostra vai ser um pouquinho diferente, pois além da presença do cineasta Cadu Barcellos, os alunos realizaram ao longo do semestre a construção de cinco documentários que tem um comum o tema cultura das diferenças, buscando explorar a diversidade e o seu impacto no mundo contemporâneo.

O professor da disciplina, Daniel Paes, conta que percebeu o engajamento dos alunos desde o início das filmagens dos documentários: "Foi muito bom, eles levantaram temas que eu achei muito interessantes e ao longo do processo eles foram se engajando cada vez mais, até o momento agora, pré realização do evento, em que eles tão super focados e muito empolgados com a mostra". Sobre a mudança de curtas de ficção para documentários, Paes aponta a importância dos alunos de comunicação entenderem a relação que esse tipo de recurso audiovisual traz para o debate de assuntos atuais e muitas vezes polêmicos. Isso porque a aproximação dos alunos com os personagens mostrados é um fator muito importante nos documentários. "Nós fazemos documentários num esquema nós (eu autor e você personagem) falando sobre a nossa relação para os espectadores. Acho que os filmes todos tem isso. Em todos os filmes nós percebemos que os alunos entenderam que fazer documentário é uma relação de aproximação com o outro. Eu acho que o papel da pessoa que trabalha com comunicação em geral é essa curiosidade para entender o outro, manter contato com o outro, ouvir o outro." comenta o professor.


Cadu Barcellos, o convidado especial para participar da mostra audiovisual, é um dos diretores dos filmes “5X favela - Agora por nós mesmos” e “5X Pacificação”, que já foi exibido em alguns festivais brasileiros ao redor do mundo, em países como França, Estados Unidos e Suécia, além do Festival Unasur Cine, na Argentina, e do CRio Festival – Festival Internacional de Criatividade do Rio de Janeiro, todos em 2012. Além de ser diretor da agência Palafita Comunicação e Artes – que nasceu de um coletivo de jovens artistas e comunicadores do complexo da Maré com o intuito de trabalhar a comunicação de forma artística/estética, na valorização da arte e na cultura das favelas. Formado em 2006 na Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) - um projeto do Observatório de Favelas, criado em 2005 na Favela da Maré. O cineasta disse em entrevista exclusiva à Agência que acredita no poder do documentário para contar histórias de realidades diferentes: " O documentário dá essa chance de desbravar um universo novo, de colocar um olhar sobre o tema e discutir de forma séria. Você poder contar a sua história. Colocar isso nas mãos de quem tá estudando, dentro dessa linguagem cinematográfica é incrível. Eu levo um pouco da minha e experiência, mas sei que vou aprender muito com a galera."




O Curtaí.DOC é aberto ao público. Os filmes serão apresentados para todos os alunos da faculdade, professores, funcionários, amigos e familiares que se interessarem na proposta. O evento vale 5h AC.


Confira a lista dos filmes que vão participar da segunda mostra Curtaí.DOC


  • A Cultura Da Feira A feira livre comunitária de produtos naturais é extraordinária em sua formação, nos revelou personagens únicos e questões pertinentes a complexidade atual, e paralelamente, resgata um sentido de união dessa comunidade tão heterogênea como nossa cidade, onde 58 nacionalidades diferentes convivem em harmonia. Essa diversidade nos entusiasmou e percebemos o quanto ela pode falar as pessoas sobre a complexa vida contemporânea.


  • À Margem O documentário “À Margem” acompanhou a FYCA (Festival Itinerante, Internacional e Independe de Cultura Alternativa), através dos depoimentos de seus organizadores. A FYCA está focada na difusão da arte e cultura contemporânea, aconteceu em Cabo Frio entre os dias 18 e 22 de Maio e não contou com o apoio de prefeituras e iniciativas privadas. Este festival resume de uma forma competente o que é produzir cultura alternativa no interior do Brasil.


  • O Mundo Sem Legendas Contando sobre suas vidas, estudantes do ensino de jovens e adultos, ex-analfabetos, falam sobre seu passado, seus motivos de atrasar o estudo e suas razões e esperanças ao buscar a educação nesse ponto de suas vidas. Tudo isso enquanto o próprio documentário se alfabetiza em sua duração tentando integrar os espectadores no mundo dos analfabetos.


  • Transforma “Com 600 mortes em seis anos, Brasil é o que mais mata travestis e transexuais”. A manchete da matéria no site Agência Brasil consegue chocar quem possui o mínimo de humanidade em si. Segundo pesquisa da organização não governamental Transgender Europe, a ONG TGEU, entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no Brasil. Como é morar em um lugar que carrega o título de pior país para viver do modo que você sempre quis? O documentário Transforma traz essa e outras questões entorno de um tema tão debatido, porém, simultaneamente, ainda considerado um grande tabu.


  • Wolney Teixeira – Sob Nosso Olhar São releituras de fotografias feitas pelo fotografo cabofriense Wolney Teixeira, nas décadas de 1930 a 1970, reproduzidas no livro O SAL DA TERRA. Os envolvidos nesta releitura são assistidos da APAE Cabo Frio, com variados tipos de deficiências, participando tanto como modelos, quanto como fotógrafos das imagens reproduzidas.




bottom of page