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Raphaella Santoro

Representatividade da mulher é tema da Aula Magna de Comunicação Social com representante do coletiv


Cartaz Aula Magna de Comunicação Social

Falar sobre o que é a representatividade da mulher na mídia, mas também o que é a falta dela nessa área e as consequências que isso pode trazer é o objetivo da ativista Bruna Rangel, que apresentará a palestra "Representatividade da Era da Diversidade" na Aula Magna dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Veiga de Almeida campus Cabo Frio.


Na próxima quinta-feira (15/09), às 18h30, o auditório principal receberá Bruna Leão Rangel, integrante do coletivo feminista Não Me Kahlo, em uma palestra que visa falar sobre a representatividade da mulher na mídia, tanto na publicidade quanto no jornalismo.


"Eu quero falar não só do que é a representatividade na mídia, mas também o que é a falta dela nessas áreas e o que isso acarreta", disse Bruna Rangel. Por que o feminismo busca tanto uma conversa nesse tema, por que a representatividade é importante e o que pretende ser mudado com isso também são alguns dos pontos marcados como importantes para o debate proposto. A palestra vai falar sobre a representatividade da mulher, "principalmente das mulheres negras, mulheres trans e de todas as mulheres que compões o grupo mulher", acrescentou Rangel.


Em entrevista para a Agência Experimental de Comunicação, a palestrante disse que trará exemplos de propagandas e manchetes machistas e problemáticas, mostrando como isso tem relação com a falta de representatividade. Quando perguntada sobre a importância de falar sobre este tema em uma universidade, ela disse que acha imprescindível falar disso em ambientes de formação dos futuros profissionais destas áreas. "O que a gente vê é uma falta de conhecimento, uma falta de acesso a esse tipo de informação sobre o feminismo e essas pautas que a gente levanta no mercado de comunicação em geral", acrescentou.


Coletivo Feminista Não Me Kahlo.

O coletivo feminista Não Me Kahlo surgiu, primeiramente, como um grupo de debate no Facebook, a ideia era debater feminismo em um grupo num grupo voltado para essa temática. "A partir das conversas que nós tínhamos lá, nós achamos que o material era tão interessante que a gente quis expandir isso para além daquele grupo restrito, daí surgiu a ideia de fazer a página e o blogue", disse Bruna Rangel sobre o início do coletivo.


O nome do grupo é, obviamente, uma referência à grande pintora e revolucionária Frida Kahlo. Durante a entrevista, Rangel disse que a escolha de colocar a personalidade mexicana como rosto do coletivo veio do fato dela ser um exemplo de superação e de mulher a frente de seu tempo: "a gente também quis que fosse alguém mais próximo da realidade latino-americana", acrescentou.


As meninas no coletivo - Bruna de Lara, Bruna Leão Rangel, Gabriela Moura, Paola Barioni e Thaysa Malaquias - lançaram, em 2016, o livro "#MeuAmigoSecreto: Feminismo Além Das Redes", uma publicação que faz parte da Coleção Hashtag, em que cada edição utiliza uma hashtag popular na internet e a transforma em um livro que visa dar continuidade a assuntos de repercussão nas redes sociais. No caso, a utilizada foi a #MeuAmigoSecreto, uma expressão que tomou conta da rede em 2015 como forma de denunciar abusos sofridos por mulheres e praticados, muitas vezes, por pessoas próximas como pais, avôs, irmãos, primos, tios, vizinhos e amigos. Alguns dos temas tratados no livro são: padrão de beleza, violência contra a mulher, aborto, o desafio de ser mãe, machismo no mundo geek, feminismo negro e o porquê do ódio ao feminismo.


"Nós [as integrantes do coletivo] sentamos e discutimos qual seria a melhor forma de transformar o #MeuAmigoSecreto em um trabalho que pudesse ser uma referência no assunto do feminismo. Nossa ideia era fazer com que a campanha não terminasse naquela época", disse Bruna Rangel. Ela explica que o objetivo era fazer um material que não se perdesse com o tempo e que realmente pudesse ser lido e virar referência bibliográfica sobre o assunto: "nós não queríamos que ficasse só na internet, restrito a alguns tweets e postagens no Facebook".


Para acompanhar as postagens do Não Me Kahlo, siga o coletivo nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), ou acesse o site.



*Imagens: Agência Experimental de Comunicação (Cartaz da Aula Magna); Retiradas da internet (Coletivo Não Me Kahlo e livro #MeuAmigoSecreto).

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