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CASO EVA LUANA

Débora Evlein, Thaísa Azevedo e Yasmim Simões

O caso da estudante de direito, Eva Luana, ganhou grandes proporções nas redes sociais, no mês de fevereiro. A jovem, de 21 anos, que mora na Bahia, escolheu usar sua conta no Instagram para denunciar os casos de abuso que sofria, junto com sua mãe, pelo padrasto padrasto aos 13 anos, mas o caso não chegou ao Ministério Público, e ela foi obrigada a retirar Thiago Oliveira Alves.

Segundo a jovem, os abusos iniciaram aos 12 anos de idade, e desde então, envolviam agressões verbais, físicas e psicológicas. De acordo com o relato, Eva tentou denunciar o as queixas sob ameaça. “Ele utilizou o poder financeiro pra comprar a liberdade e comprar a minha alma. Porque, ali, eu perdi a minha alma. E o que eu fui denunciar, um ano de sofrimento, se multiplicou em mais oito anos. Desde então os abusos, torturas e todo tipo de agressão foram aumentando dia após dia, ano após ano. Eu não tive mais vida social. Tudo era uma farsa…”, conta a jovem em seu relato.


Com a exposição na internet, a história viralizou, e a comoção fez com que seu testemunho chegasse à grande mídia. As hashtags “SomosTodasEva” e “LuteComoUmaGarota


” contribuíram para que a causa ganhasse mais visualizações. Thiago Oliveira foi preso no dia 13 de fevereiro, sendo acusado de abuso, estupro de vulnerável e tortura na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Camaçari (BA).

O depoimento completo de Eva pode ser lido através do link: www.instagram.com/evalluana/?hl=pt-br.

O caso, que iniciou nas redes sociais, ganhou proporções ao ponto de virar notícia em portais jornalísticos, e pauta em programas de TV. A estudante foi chamada para dar uma entrevista no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da Rede Globo, no dia 25 de fevereiro, o que trouxe ainda mais notoriedade para o movimento.

O caso é mais um exemplo de como as redes sociais contribuem para ajudar meninas que passam por situações de abuso. Como a Eva, inúmeras histórias são expostas na internet, e através do apoio gerado pelos leitores, as vítimas conseguem se reerguer.

A internet contribuiu para o maior engajamento, não apenas de casos como estes, mas de toda forma de causas. Campanhas como o Setembro Amarelo, pela preservação da vida; o Outubro Rosa, pela luta contra o câncer de mama e colo do útero; e o Novembro Azul, para o combate ao câncer de próstata, ganham maior exposição graças ao envolvimento gerado nas redes sociais.

A internet permite que causas como o combate à homofobia, racismo, o respeito ao autismo, e outros assuntos sejam colocados em debate, o que também contribui para que se tornem pautas sociais em programas das grandes mídias.


 

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