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Joel Rocha, Karen Novais e Brenda Ferreira.

Memórias sobre a cultura do sal são retratadas em livro lançado nesta terça-feira (30), em Cabo Frio

Para que as memórias nostálgicas do período salineiro em ascensão na Região dos Lagos, não ficassem guardadas e, até mesmo, perdidas, nesta terça-feira (30), o autor José Antunes Gonçalves as lançou em seu livro “O sal – Nossa riqueza, sua história, minha vida!”, publicado pela Editora Pacartes.


O sal atravessa milênios, carregando consigo um significado de grandes riquezas. O valor atribuído já foi tão teso, que deu sentido à palavra “salário” ao ato de pagar encargos e dívidas a um sujeito.



Mas você tem dimensão do significado que o elemento tem para a Região dos Lagos?


A ideia da abertura das salinas no Brasil surgiu em 1824, porém, a consolidação em território cabofrienses só aconteceu muitos anos mais tarde, em 1937, mudando completamente o cenário econômico das terras.



Cabo Frio (RJ) viveu anos “de ouro” e chegou a ser nomeada como maior exportadora de sal no Brasil. No entanto, em 1996, as atividades produtivas diminuíram, fechando algumas salinas e dizimando a cultura salineira em toda a região.


Hoje, 82 anos depois, esse contexto se desfez quase por completo. Diversos loteamentos foram edificados em terras salineiras, destruindo o valor industrial e emotivo.


O autor conta de onde tirou a ideia para escrever o livro e relembra a época em que vivia em completa afinidade com o mineral.


“Eu guardo tudo na minha memória, desde aquele tempo. Graças a Deus, que com meus 89 anos, eu tenho uma memória ainda muito fértil e guardo tudo isso. Pesquisei pouco para fazer o livro, porque não precisava. Conheci todas os barcos de sal, todos os navios de propriedade dos salineiros de Cabo Frio”.



E completa com sentimento saudoso:


“Vivi muitos anos nas salinas, aproveitei muito o iodo do sal e da Lagoa de Araruama, porque nadei muito na lagoa de Araruama. Quem sabe esse iodo do sal não foi o que me deu essa vitalidade para viver até esse tempo. Eu tinha, com certeza, que retratar essa história dentro de um livro. Era o meu objetivo e consegui isso. Mas, infelizmente, a saudade é enorme das salinas que estão sendo desativadas. Por essa razão, é preciso que nós retratemos isto neste livro para que as gerações futuras possam conhecer a história da nossa produção do sal”.


Durante o lançamento, o autor doou exemplares da obra, dando opção ao público de contribuir com algum valor simbólico, que será doado ao asilo Lar da Cidinha, no município.




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