“Com pequenas atitudes, a gente pode mudar o mundo. Todos são responsáveis por isso. Não tem um ser humano que não seja”, essas frases foram ditas pelo aluno Bruno Ferreira, da Escola Municipal Narciso Macedo em Iguaba Grande. Ele está participando do projeto “CaptAção”, uma parceria da Prolagos com a Casa Carlos Scliar, que já está na segunda edição e visa a contribuir na formação de cidadãos mais críticos e conscientes. O projeto é voltado para os alunos 9° ano da rede pública municipal de ensino.
Figura 1: Letícia Lourenço (2019). Alunos envolvidos no projeto “CaptAção”. Bruno Ferreira, 14 anos e Natália Costa, 14 anos.
No ano passado, o tema foi “Respeito dá o tom”, que teve o foco em diversidade e igualdade racial. Este ano, o tema abordado é “Seu descarte minha arte”, que visa mostrar aos alunos que é possível ter um consumo responsável do plástico e dos demais objetos descartáveis através da sustentabilidade. O projeto propõe aos alunos que eles passem a ter maior cuidado Figura 1: Letícia Lourenço (2019). Alunos envolvidos no projeto “CaptAção”. Bruno Ferreira, 14 anos e Natália Costa, 14 anos. com a natureza, com ações mais sustentáveis e que compartilhem essas informações com o maior número de pessoas.
Assim como projetos sociais já desenvolvidos pela Prolagos, como “Saúde nota 10” e “Saber faz bem”, que buscam provocar jovens e crianças para questões ambientais, o projeto CaptAção leva os alunos a refletir sobre o lixo, principalmente o plástico. De acordo com a assessora de imprensa da Prolagos Roberta Moraes, a intenção do projeto é estimular uma mudança de comportamento em relação ao saneamento básico, meio ambiente e, principalmente, ao descarte de lixo. “A partir de uma imersão sobre o assunto, por meio de exposição de arte, filmes, instalações artísticas, debates, oficinas. Os jovens têm condições de refletir sobre o seu papel na sociedade, despertando a consciência para a responsabilidade sobre seus atos. Para reforçar o conteúdo, os participantes são convidados a se engajar em uma produção artística a fim de mostrarem o que aprenderam. Os melhores são premiados” afirma.
Figura 2: Ângelo Francisconi (2019)
Muito além do que ser a sede onde acontece o projeto, a Casa Carlos Scliar, tem um importante papel para que o projeto aconteça e a escolha do espaço não foi por acaso. Funcionando há mais de anos, a Casa Carlos Sclair, em Cabo Frio, é uma parte do Instituto Cultural Carlos Scliar, fundado em 2001, após o falecimento do artista. Sua casa-ateliê, hoje transformada em museu, possui um acervo com obras de artistas renomados como Cildo Meireles, Pancetti, Di Cavalcante, Alado Bonadei, Glauco Rodrigues e outros. A casa Também funciona como uma “Oficina-Escola” oferecendo cursos de desenho, pintura, gravura e cerâmica. E qual seria a relação do Carlos do Scliar com o projeto CaptAção? Ele foi um dos mais importantes artistas modernos brasileiros e sempre conversou com o espírito engajado. Ao usar seus pincéis e tintas, tinha a esperança de sensibilizar e despertar a crítica no homem.
Figura 2: (Foto: Divulgação / Instituto Carlos Scliar)
E é assimilando essa ideia do artista, que a Prolagos tenta promover essa cultura de sustentabilidade através dos seus projetos, direcionando o olhar dos jovens para o dever de cuidar da natureza por meio da arte. Roberta ainda diz que o Instituto Carlos Scliar é um parceiro da Prolagos há muitos anos e importante incentivador da cultura e da arte na nossa região. A relação estreita entre representantes das duas entidades permite a criação de projetos socioeducativos voltados para o desenvolvimento humano a partir do conhecimento e do diálogo.
A impressa é muito importante para movimentar tal assunto e chamar a atenção das pessoas para essa obrigação com o meio ambiente. Ela tem um papel fundamental na formação da opinião pública, podendo contextualizar, ampliar e aprofundar os temas, contribuindo na formação dos cidadãos mais conscientes, engajados e cientes de seus deveres. Por meio de reportagens aprofundadas é possível levantar pautas que muitas vezes são desprezadas, mas que têm importante impacto para a sociedade. Você sabe quanto tempo leva para decomposição do plástico e os demais poluentes?
Figura 3: Letícia Lourenço (2019)
No evento aconteceu uma peça teatral, que retratou o futuro daqui a alguns anos se a prática sustentável não for adaptada o mais rápido possível. A encenação abordou as dificuldades que o ser humano terá para sobreviver, pois a água e até mesmo o ar estará completamente tomado por toda essa poluição. É possível mudar este quadro. Nós podemos mudar.
Figura 4: Letícia Lourenço (2019). Encenação que direciona o olhar para cuidar do meio ambiente.