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Alexsandro Simas

Dança árabe alcança Região dos Lagos

Modalidade não só traz seu ritmo, como também apresenta a cultura diferenciada para a população

Entre véus e tecidos longos as danças árabes têm figurinos e ritmos diferentes, sendo uma delas a dança do ventre, presente atualmente na Região dos Lagos. Porém, está enganado quem pensa que essa dança é apenas composta por sensualidade e misticismo. A base são movimentos curvos, semelhantes ao de uma serpente, tendo fortes laços com a história e essência feminina.


A dança do ventre foi gerada no Oriente Médio, mas a localização exata é desconhecida. Devido à falta de registros de confiança, surgiram inúmeras teorias. A mais aceita dentre a cultura, é a de que ela foi originada no Egito, em rituais onde as mulheres dançavam em reverência às divindades. Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres venerava

a fertilidade e celebravam a vida. Segundo histórias, através da invasão árabe, no Egito, eles se apoderaram da dança e a espalharam pelo mundo, fazendo com que ela passasse por alterações ao longo dos anos.


Júlia Machado, aluna dessa modalidade, conheceu essa dança por meio da apresentação feita por uma de suas amigas. Começou há praticar muito tempo depois e afirmou que é “um estudo constante como em qualquer estilo de dança, desde a cultura que é riquíssima e nos faz aprender uma série de coisas”.


Aluna Júlia Machado, realizando um solo de dança do ventre.Foto: Arabesque



O primeiro contato mais aprofundado com a música árabe e com o folclore, foi ano passado, por meio de um Curso de Formação Folclórica, proporcionado pelo “Estúdio Arte no Harém”, academia frequentada por Julia, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, que proporcionou para suas alunas, por meio de aulas, o folclore, a história e a cultura árabe. A aluna, que agora tem a música árabe presente em seu dia a dia, ainda afirma ter planos de coreografar uma dança folclórica com o que foi ensinado.


Angelitta Moyra, hoje professora de dança do ventre e fundadora do “Estúdio Arte no Arém” diz que desde criança tinha interesse por este gênero de dança. Teve seu primeiro contato com o ritmo em 1994, depois de cinco anos já dava aulas. No ano de 2000, fundou o estúdio. Quanto a possível dificuldade em aprender a dança devido à diferença cultural, Angelitta afirma: “Talvez seja entre as diferenças dos movimentos e não a cultura em si, quanto mais você sabe, mais se encanta”.




Professora de dança do ventre Angelitta Moyra em sua apresentação no espetáculo Zodiac em 2018.Foto: Francisco de Mattos


Embora, a professora atue há 25 na profissão, afirma que muitas pessoas ainda não tem o conhecimento, de que na região há uma academia de dança do ventre, ainda que ela tenha blog e perfis nas redes sociais, voltados para a divulgação da escola de dança árabe.


Recentemente, a academia foi premiada no festival de danças árabes “Luz do Oriente”, em Búzios. Sendo Júlia Machado a ganhadora do primeiro lugar, na categoria de solo amador.


Apesar de não ser muito conhecida pelo grande público da região, a cultura árabe através do dançado ventre tem ganhado cada vez mais espaço, seja através de academias ou de festivais. O fato é que o contato com novas culturas amplia nosso conhecimento e traz uma série de benefícios para saúde. Viu só? Você só tem a ganhar entrando em contato com uma cultura diferente.


Para saber mais acesse as redes sociais da academia:

Instagram.com/angelittamoyra.

Página do Facebook: Arte no Harém.



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