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Larissa Vilarinho

A tecnologia em tudo: até ao andar de bicicleta


Miroslav Zao’ral/Arquivo Pessoal

A tecnologia entrou na vida das pessoas para mudar a forma como vivem, seja através das redes socais, serviços de streaming, aplicativos de finanças, compras e, acredita que até mesmo na forma de andar de bicicleta?


Você deve estar se perguntando como isso é possível, mas é que através do aplicativo Strava, disponível para Android e IOS, você é capaz de monitorar seus batimentos cardíacos, quantos quilômetros rodou com a bicicleta, o tempo do trajeto e inclusive o tempo que dura uma peça, como por exemplo o freio.


De acordo com o Mobile Time, cerca de 4 milhões de brasileiros são usuários do aplicativo e, um deles, é Miroslav Zao’ral. Ele pratica ciclismo de estrada e mountain bike e usa a ferramenta desde 2016, quando recebeu a indicação de outros ciclistas sobre o app.


“Basicamente, uso o Strava para saber o quanto eu percorri, saber quantos quilômetros rodados minha bicicleta tem e quanto tempo eu treinei. É igual na academia quando você checa os pesos, por exemplo, se eu pego um peso de 30kg e aumento para 35kg, eu tenho uma medida pra saber o quanto estou evoluindo. Com a bike é a mesma coisa, [posso saber que] eu pedalei tantos km em tanto tempo e minha média é tanto. O Strava marca isso, é uma academia via app”, diz.



Segundo a profissional de educação física, Carla Machado, andar de bicicleta ajuda no fortalecimento muscular, resistência cardiorrespiratória, emagrecimento, liberação de serotonina, endorfina e melhora a qualidade do sono, humor e ajuda no controle da ansiedade.

Esses são alguns dos benefícios que Miroslav obtém ao ir de bicicleta de Armação de Búzios, onde mora, até a Inter TV em Cabo Frio, onde trabalha como editor de imagens. O trajeto que ele faz é de cerca de 87,44 km e quase três horas de pedalada. Da casa dele até o Centro de Búzios dá aproximadamente 6 km e 18 minutos de trajeto, de acordo com os dados coletados no aplicativo.


O ideal, segundo Miroslav, é usar o aplicativo todos os dias. Dessa forma, ele contribui para o abastecimento do banco de dados e faz com que os segmentos sejam mais precisos, além de permitir que outras pessoas comparem com o seu desempenho.


O ciclista explica que os segmentos são o tempo e a quantidade de quilômetros percorridos de um determinado local até outro ponto.


“Com isso, ao lado de outros ciclistas, conseguimos disfrutar de forma amistosa quem faz o trajeto em menos tempo e o aplicativo permite que você marque com precisão o tempo que leva”, diz Miroslav.

O ciclista explicou que o aplicativo também o ajuda na hora de saber quanto tempo uma peça da bicicleta durou.


O ciclista explicou que o aplicativo também o ajuda na hora de saber quanto tempo uma peça da bicicleta durou.



“Eu instalei um freio na bike quando tinha 1,600 km rodados, aí rodei, rodei e ele quebrou. [Aí eu vejo] ‘quantos km eu tenho? 3 mil e pouco’, então ele durou 1,4 km”, explica.


O usuário conta que há duas versões do app: a premium e a normal, a qual usa. Segundo ele, a ferramenta que contabiliza o tempo das peças é liberada apenas na versão premium. Na versão normal, é possível ver apenas quantos quilômetros o ciclista pedalou desde que a peça foi instalada.


Para a profissional, Carla Machado, o Strava é uma ferramenta muito interessante para o monitoramento do exercício físico pois possibilita que o atleta acompanhe sua evolução na prática.


“Ele é recomendável desde que o indivíduo já esteja apto para a prática de exercício físico. Muita gente acaba utilizando sem passar por uma avaliação prévia e alguns deles podem ser cardiopatas, hipertensos ou ter alguma patologia, e acabar agravando o quadro de saúde pela falta de orientação na atividade física”, explica a especialista.


Ela diz que é de extrema importância que um profissional passe as recomendações necessárias para uma adaptação, ensinar a zona alvo da frequência cardíaca que deve ser alcançada e ajudar nas demais questões técnicas para uma corrida ou ciclismo. Miroslav recebe dicas de um amigo que é formado em Educação Física.


Apesar de recomendar o aplicativo, o ciclista diz que há dois pontos negativos.


Um deles é que você precisa de dados móveis para ter a possibilidade de postar o seu treino imediatamente e o outro é que, na versão premium, é possível rastrear a locação em tempo real.


“Quem não tem conhecimento sobre como usar esse recurso, acaba entregando aonde está, o que pode ser perigoso se você mora em bairros que tenham um grande número de roubo de bicicleta”, diz.


Ele destacou que as bicicletas podem chegar a um alto valor dependendo do investimento que faz nela. Então, por isso, pode ser perigoso.

Mas o ciclista também é otimista. Ele diz que, se alguém precisar de ajuda em casos de acidente, o recurso de rastreamento facilita na busca pela localização do usuário.


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