O estilo de vida vem crescendo cada dia mais, por diversos motivos, e tem sido seguido pelos pequenos.
(Imagem: Pixabay)
Muitos de nós crescemos escutando que crianças falam “abobrinhas”, mas isso não é, bem, verdade. Os pequenos estão cada dia mais atentos à informações com programações e desenhos cheios de esclarecimentos e educação conscientizadora, vinda de seus responsáveis.
Hoje, com discussões mais abertas, algo que vem ganhando grande proporção é o estilo de vida vegetariano, que tem sido seguido pelos pequenos. Mas você sabe o que realmente é o vegetarianismo?
O estilo de vida vegetariano é ancestral. Esse costume começou entre os mais antigos povos (Australopithecus Anamensis), que alimentavam-se basicamente de vegetais, frutos e sementes. Com o domínio das técnicas entre os homens já evoluídos (Homo Neanderthalensis), a caça passou a ser explorada, tornando outros animais alimentos para a nossa espécie.
Passados os anos, o vegetarianismo se tornou uma opção entre algumas civilizações, que adotaram o estilo de vida com princípios religiosos, socioambientais e, também, por questões de saúde.
Atualmente, essa prática pode ser classificada em diversas categorias, estas são:
Imagem: Brenda Ferreira
Muitos acreditam que os hábitos do vegetarianismo na infância não são apropriados, principalmente, por ser uma fase de desenvolvimento infantil. Segundo a Nutricionista Thalita Muniz, a dieta vegetariana, quando bem orientada, com todos os aportes de nutrientes necessários, sejam eles carboidratos, proteínas e lipídios, será tão boa quanto a dieta onívora (dieta comum).
Aos 10 anos, Rayky Arthur Duarte, por vontade própria decidiu parar de consumir carne. “Parei, primeiro, porque não gostava de mastigar carne e evitava comer. A minha mãe me falou como era ser vegetariano e eu achei muito legal”. Além de ter uma saúde perfeita e nunca ter tido uma baixa nutricional, ele diz que se sente muito bem por não maltratar os animais. Hoje, a dieta do menino é baseada em legumes, frutas e verduras variadas. Vale ressaltar que Monica Duarte Bahia, mãe de Rayky, consome proteínas animais normalmente.
Thalita Muniz, afirma que para uma programação metabólica correta, toda pessoa, independente do estilo de vida adotado e faixa etária, deveria ter a orientação de um profissional habilitado, seja ele voltado para o vegetarianismo ou não. Ela complementa explicando que não há um milagre ou um alimento amigo que dê esse aporte nutricional, e sim uma dieta balanceada.
Quando a criança não está fazendo uma adequação e orientação correta, ela poderia ter um risco maior de manifestar anemia, por exemplo. São nas carnes que encontram-se o ferro heme, que é o ferro com maior biodisponibilidade para o nosso organismo, ou seja, ele consegue ser absorvido em maior proporção pelo nosso corpo. No caso de crianças vegetarianas, seria o que elas não comem, então, teoricamente, teriam uma probabilidade maior do risco, pela falta desse nutriente. Porém, existe o ferro não-heme, que é encontrado nos folhosos verdes escuros, principalmente. Outra situação para suprir essa necessidade, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é a suplementação de ferro durante a infância.
Além do ferro, é preciso dosar os níveis de zinco na criança. No entanto, este encontra-se em maior quantidade na proteína animal, porém em alguns alimentos dentro da dieta vegetariana como leguminosas e oleaginosas, também, é possível encontrar.
(Arquivo: Giphy)
Sofia Luz da Silva Barros, tem 5 anos e segue os passos da mãe, vegetariana há 13 anos.
“Quando a Sofia começou a comer sempre dei a mesma alimentação que a minha. Quando íamos a outros locais e ela se deparava com algo novo eu sempre permiti que comesse caso quisesse, mas sempre explicava o porquê não costumávamos comer esses alimentos. Geralmente, digo que nos alimentamos de vida e cores. Ela ama vegetais e frutas frescas.” Conta Jessica da Silva Barros, mãe de Sofia.
Por ter essa liberdade de experimentação, Sophia já provou alimentos fora da dieta vegetariana como peixes comercializados limpos, criados livres ou em tanque de grande porte, onde não utilizam mercúrio ou similares a fim de evitar a proliferação de fungos nas escamas.
É importante lembrar que ser saudável durante uma dieta vegetariana vai muito além dos alimentos ingeridos, envolvendo, também questões ambientais e, principalmente, sociais. O respeito à mesa é uma via de mão dupla e peça fundamental para que o estilo de vida seja respeitado, quebrando, assim, o tabu existente a cerca dos assuntos que o envolvem.