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8 de março: um resumo para anos de luta feminina

Leticia Cristina e Joel Rocha

Principalmente desde 1909 mulheres trabalhadoras se manifestam por direitos iguais. Para abordar o tema, trouxemos a jornalista e ativista Mariana Bastos

“Que as mulheres aprendam a colaborar uma com as outras, e a valorizar o trabalho uma das outras. E que juntas e coletivamente briguemos por um espaço optativo”. Este é o desejo da jornalista Mariana Bastos para o dia 8 de março que, segundo ela, não é uma data comemorativa. O “Dia da mulher” é destacado pela luta por direitos. Com isso, vale a pena destacar que atualmente a ampliação do espaço ocupado por elas e iniciativas como algumas agências de reportagem do país que são iniciativas de mulheres jornalistas, como a “Amazônia real” e a “Agência Pública”. Ainda temos propostas como a revista digital “Gênero e número”, que aborda assuntos sobre equidade de gênero, voltada para o combate da desigualdade de gênero. Uma das colaboradoras do site, a jornalista Mariana Bastos, comenta sobre os desafios das mulheres no jornalismo e conta um pouco sobre a importância do dia de hoje.

Mariana bastos/arquivo pessoal

A Jornalista conta que este dia “não pode ser dissociado do espírito de luta, não deve ser uma data voltada para uma questão comercial, em que só se estimula homenagens e presentes. É um dia de luta e reflexão, para pressionar o poder público para que façam políticas em prol das mulheres. É um dia de tornar isso visível”, frisa.


De acordo com dados disponibilizados pela FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), em uma matéria publicada no dia 8 de março de 2020, as mulheres ocupam 64% da categoria e mesmo diante disso, de acordo com a Federação, “recebem salários menores que os colegas – e não ascendem aos postos de comando”.


Mariana menciona que já sofreu muitas situações constrangedoras em sua profissão. Entretanto, recorda de quando ingressou no meio jornalístico, durante sua estada no “Lance!”, jornal esportivo lançado no ano de 1997, localizado na cidade do Rio de Janeiro.

A colaboradora do site “Gênero e número”, explica que durante um tempo era muito comum a rivalização entre mulheres nas redações de Jornalismo esportivo, devido a impressão de que elas eram “cota”. “Então, se em uma redação de 25 pessoas, tinham quatro mulheres, elas competiam entre si. Raramente existia uma colaboração. Competiam porque acreditavam que só uma conseguiria ter um espaço que seria dado pela chefia”, declara Mariana Bastos.


Mariana na zona mista pós jogo da seleção brasileira, no Mundial de basquete em 2014, na Espanha.

No cinema

Já em Hollywood, uma história real sobre assédio sexual em uma das emissoras mais famosas do jornalismo ganhou vida.


“O Escândalo”, filme lançado no último ano, que recentemente foi indicado a três indicações da última edição do Oscar conta a verdadeira história do escândalo de assédio sexual que derrubou Roger Ailes, chefe da Fox News e um rei do partido republicano. Ailes era uma personalidade imponente: aconselhou políticos de direita, incluindo nomes como, Richard Nixon e Donald Trump, e dizia que empregava táticas de medo na administração de seus negócios.

Da esquerda, Charlize Theron, Nicole Kidman e Margot Robbie em "O Escândalo". Crédito:Hilary B Gayle /

Em 2016, um processo de assédio sexual instaurado contra Ailes pela ex-jornalista da Fox, Gretchen Carlson deu início a uma investigação interna na rede de notícias e eventualmente, uma onda de reivindicações de assédio sexual contra Ailes. Megyn kelly, na época a estrela em ascensão na rede, estava entre as mulheres que relataram ter sofrido assédio nas mãos do chefe da rede. No total, mais de 20 mulheres acusaram Ailes, e ele foi forçado a renunciar ao cargo em julho daquele ano. Ele morreu um ano depois, aos 77 anos.


O filme, que estreou no dia 30 de janeiro desse ano no Brasil, traz um trio de mulheres nos papéis principais. Nicole Kidman faz o papel de Carson, que, depois de abrir o processo, assiste e espera em grande parte à margem, que outras mulheres da Fox aumentem sua credibilidade com suas próprias alegações. Charlize Theron, que foi indicada ao oscar por este filme, interpreta Kelly, colocando em risco o futuro de sua carreira, apresentando sua própria história. E Margot Robbie faz uma personagem fictícia chamada kayla, que espera um dia ser uma ancora da Fox Tv, mas enfrenta o assédio pelas mãos de Ailes (John Lithgow) e uma cultura de misoginia na rede.



















 

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