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Pablo Gabriel: O surfista cabo-friense que está pronto para o mundo

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    AEC
  • há 5 horas
  • 5 min de leitura

Direto das ondas da Praia do Forte, o jovem atleta de 16 anos desponta como uma das maiores promessas do surf brasileiro. Com títulos no currículo, contrato renovado com a Rip Curl e vaga garantida no mundial, Pablo leva o nome de Cabo Frio cada vez mais longe.


Por: Lenon Serieiro, Lara Pimentel e Carlos Eduardo



Cabo Frio, com suas águas cristalinas e ondas que desenham o horizonte da Região dos Lagos, sempre foi berço de grandes histórias ligadas ao mar. E é justamente nas areias da Praia do Forte que surge um nome que já ecoa no cenário nacional do surf: Pablo Gabriel da Silva, ou simplesmente Pablito. O  jovem cabo-friense carrega o título de maior promessa do surf local e uma trajetória que deixa claro: seu destino está entre os grandes do esporte mundial.


Filho de surfistas e instrutores, Pablo respira mar desde que nasceu. Foi praticamente criado sobre uma prancha, aprendendo não só a dominar as ondas, mas também a disciplina, o foco e a paixão que o esporte exige. Com apenas 9 anos, já colecionava vitórias importantes, como o título da categoria Petiz no Circuito Top Surf. Desde então, sua ascensão foi meteórica.


Entre títulos estaduais, vitórias no circuito Grom Search e uma performance impecável no Red Bull Rising Latin America, que lhe garantiu vaga no mundial Pro Junior até 18 anos, Pablo se consolida como uma das maiores promessas do surf brasileiro. E não é por acaso que uma gigante como a Rip Curl apostou no talento do cabo-friense, renovando recentemente.



Mas além das manobras radicais, dos aéreos e das rasgadas que arrancam aplausos nas competições, Pablo carrega consigo uma leveza típica de quem cresceu em contato com o mar. Ao mesmo tempo, demonstra uma maturidade impressionante para sua idade, seja nos desafios do circuito, seja no equilíbrio entre os estudos, a vida pessoal e os sonhos de se tornar um dos melhores do mundo.


Para entender melhor quem é o garoto que vem orgulhando Cabo Frio e colocando a cidade no mapa do surf mundial, batemos um papo descontraído, direto da Praia do Forte, onde tudo começou.


Como foi crescer em meio ao surf junto à família? De que forma seus pais influenciaram na sua rotina esportiva e escolar?


“A influência deles foi fundamental, tanto no esporte quanto na escola. Eles sempre me mostraram que é preciso ter equilíbrio. Minha mãe sempre cuidou para que eu mantivesse uma rotina bem organizada, com horários definidos pra tudo — treino, escola e descanso. Meu pai, além de estar comigo na água, sempre me passava muito sobre disciplina, foco e responsabilidade. Sem eles, eu não teria chegado até aqui.”


E agora, como você faz para conciliar os treinos intensos, viagens e o inglês?


“Graças a Deus, finalizei meus estudos. Isso me deu mais tempo pra focar totalmente no surf. E estou, inclusive, procurando uma parceira de inglês, porque é fundamental hoje no meio do surf profissional, né? Quero muito evoluir também fora da água.”


Seus treinos na Praia do Forte são muito comentados. Como funciona a escolha do pico do dia?


 “Depende muito do vento e da posição da ondulação. Tem dias que a Praia do Forte está clássica, outros dias é melhor ir pra Praia Brava ou Peró. A gente sempre estuda as condições antes de cair na água.”


Como foi sua evolução das manobras progressivas, como os aéreos, até as ondas mais tubulares?


“É um processo bem lento, de muita dedicação, muito treino e muito tempo dentro d'água. E ter meu pai me acompanhando nesse caminho fez toda a diferença. Ele sempre me orientou, me corrigiu e me incentivou. Sem dúvida, foi essencial pra minha evolução.”



Competir no Red Bull Rising Latin America, que te levou ao mundial, deve ter sido uma experiência marcante. Como foi esse momento?


“Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Eu tinha acabado de perder meu irmãozinho, que tinha só dois meses. Foi uma dor enorme… Mas, ao mesmo tempo, aquele evento virou um refúgio pra mim. Conheci muita gente, fiz novos amigos e consegui transformar aquele momento de tristeza em força pra dar o meu melhor. E graças a Deus consegui a vaga no mundial.”


E quais os principais aprendizados que você trouxe das viagens, tanto internacionais quanto pelo Brasil?


“Minha primeira viagem internacional focada no surf me ensinou muito. Quando você sai da sua zona de conforto, percebe o quanto disciplina, resiliência e adaptação são importantes. Cada lugar tem sua vibe, suas ondas e suas regras. Isso me fez evoluir tecnicamente e emocionalmente. Aprendi a me virar em condições diferentes, com ondas que não são as mesmas de casa, com estrutura às vezes mais simples, mas sempre tirando o melhor de cada lugar.”


Mesmo tão jovem, você carrega uma bagagem enorme. Qual é o maior desafio mental dentro e fora d’água?


“É complicado, não vou mentir. Porque quando você escolhe esse caminho, precisa abrir mão de muita coisa. Precisa escolher: ou você vive isso de verdade ou não chega lá. É colocar o futuro em primeiro lugar. Isso exige foco, disciplina e, principalmente, saber que cada renúncia vale a pena.”


Além do Gabriel Medina e do Miguel Pupo, quem mais te inspira?


“Cara, são muitos surfistas incríveis no mundo, mas minha maior inspiração é Deus. E, depois, meu pai. Ele é meu maior exemplo de vida, dentro e fora do mar.”


Você recentemente renovou seu contrato com a Rip Curl. O que isso representa pra você?


“Representa muito! Eu cresci assistindo o Medina, o Miguel e tantos outros nomes da Rip Curl quebrando tudo e representando o Brasil no mundo. Hoje, estar na mesma equipe que eles é uma honra enorme e, claro, uma grande responsabilidade. Mas mais do que querer seguir exatamente o caminho deles, eu procuro aprender, me inspirar, e trilhar minha própria trajetória, com os pés no chão e o coração no surf. A renovação do contrato é como um reconhecimento de que estou no caminho certo. Me dá ainda mais vontade de continuar evoluindo e, principalmente, manter a essência dentro e fora d’água. É uma motivação a mais para continuar evoluindo e levando minha verdade para o mar.”



Pra gente encerrar... O que Cabo Frio e suas praias significam pra você?


“Minha cidade e suas praias são meu ponto de equilíbrio. Aqui é onde tudo começou. Cada pico, como a Praia Brava, a Praia do Forte e outros da região, fazem parte da minha história, da minha formação como pessoa e como surfista. Cada onda aqui tem uma lembrança, um ensinamento, uma conexão. É onde eu aprendi a respeitar o mar e os locais. É meu lugar no mundo.”


 

O Futuro é Agora


Pablo Gabriel é a materialização de que talento, disciplina e amor pelo que se faz podem transformar uma vida — e inspirar toda uma cidade. Com os olhos no futuro, os pés firmes na areia de Cabo Frio e o coração no mar, ele segue, com a prancha debaixo do braço, construindo uma história que ainda promete muitos capítulos inesquecíveis.


Acompanhe mais sobre a trajetória de Pablo Gabriel no Instagram: @pablogabriel_cf

 
 
 

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